Inflação da cesta básica volta a subir no mês de maio em Ponta Gross
60% do salário mínimo é gasto na compra dos alimentos
Infografia: Leonardo Duarte |
Maio apresenta aumento na inflação da Cesta Básica em Ponta Grossa e soma 0,59%. Em abril, o valor era de 0,25%, o menor índice já registrado neste ano. O balanço realizado pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (NEREPP) mostra que a categoria da limpeza foi a que mais pesou no bolso do consumidor, alta de 3,02%. Dentro desse grupo, a esponja obteve a maior elevação, 12,95%.
O hortifrutigranjeiro caiu 11,55% na inflação. O alho detém a maior queda, 2,12%. Já a cebola aumentou 39,3%, o produto mais caro da cesta básica do consumidor.
Os 33 produtos considerados essenciais na alimentação ponta-grossenses chegaram a custar R$666,43 no mês passado. Para uma família com renda de até um salário mínimo (R$1.100), os itens valem 60,58% dos ganhos, o menor valor registrado em 2021. Desses produtos, 15 elevaram o preço, 17 apresentaram queda e um produto permaneceu com o custo estável. Os dados coletados pelo NEREPP, levam em consideração os preços exclusivamente por delivery para uma família de até três pessoas.
O grupo de alimentação geral aumentou 1,12%. Em abril, esse valor na inflação da cesta básica era de -2,35%. Dos produtos da categoria, o açúcar obteve alta de 9,94%. A higiene apresentou uma queda nos preços de 0,04%. O grupo da carne teve uma queda significativa no último mês, 2,5%.
No Brasil, 14 capitais registraram aumento no custo média da cesta básica e em outras duas houve redução. O relatório do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) aponta que em Curitiba, os produtos alimentícios básicos custam R$608,59, uma variação mensal de 4,33%, sendo a segunda capital com os maiores preços do país. Isso mostra que 58,84% do salário mínimo é gasto na alimentação. Segundo o DIEESE, a remuneração mínima necessária para o sustento do brasileiro seria de R$5.351,11 em maio.
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