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Ponta Grossa aplicou mais de 22 mil vacinas contra a covid-19 em março

Mês tem o maior número de imunizados desde o início da vacinação no município

Por Leonardo Duarte
Neste domingo (04) profissionais de segurança e salvamento podem ser vacinados no 1º Batalhão da PM das 9h às 11h | Fotografia: Leonardo Duarte

Em março, 22.411 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra o coronavírus e 4.632 a segunda dose. Em média foram imunizados diariamente 722 ponta-grossenses.  Os subgrupos dos trabalhadores de serviços de saúde têm a maior quantidade de vacinados, um total de 10.229 profissionais com ao menos a primeira dose. São dez subgrupos listados como prioritários: vacinadores contra a covid-19, trabalhadores de saúde, hospitais de serviço de urgência e emergência, centros de atendimentos contra o coronavírus, cuidadores de lares de idosos, vigilância de saúde, dentre outros.

Até o momento a prefeitura aplicou a 1ª dose em 13,1% da população ponta-grossense e 3,1% receberam a segunda dose. Os cálculos foram feitos pelo chamado "imunidade de rebanho", termo usado por infectologistas em que para a população adquirir imunidade e reduzir a transmissão deve atingir número de 70%. Segundo o IBGE, em 2020 Ponta Grossa tinha 355.336 habitantes, contabilizando somente 70% da população, o cálculo levou em conta 248.735 ponta-grossenses.

Fotografia: Emanuelle Benício | Infografia: Leonardo Duarte
O grupo entre 70 e 74 anos tem a maior quantidade de aplicações na faixa etária, 7.745 idosos imunizados na última semana. Neste domingo (04) a Fundação Municipal de Saúde realizaria a vacinação em profissionais de segurança e salvamento, mas por ordens do Governo Estadual a vacinação foi suspensa. O motivo ainda não foi informado.

A 3ª Regional de Saúde do estado recebeu ontem (03) 24.520 doses da vacina contra a covid-19 para serem distribuídos entre 12 municípios. Na divisão, Ponta Grossa adquiriu 12.640 doses e os demais municípios 11.880. Com uma quantia baixa, o plano de vacinação sofre atrasos. A infectologista Gabriela Magraf comenta que com poucas vacinas, o caos no sistema de saúde pode se agravar. “A vacinação lenta nos grupos prioritários faz com que os serviços de saúde fiquem superlotados, com casos graves e óbitos. Precisamos vacinar esses grupos prioritários que têm muito mais risco de ir a óbito se contrair a doença. Precisamos aplicar a segunda dose”, explica.

Em 10 de março, o sistema de saúde de Ponta Grossa entrou em colapso. Pela noite, a UPA Santa Paula precisou fechar o atendimento ao público devido a superlotação da unidade, por atender além dos 40 leitos disponibilizados. No dia 15, reabriu ao público e 13 dias depois novamente precisou fechar as portas. Atualmente a unidade está operando com superlotação e a assistência para pacientes com urgência e emergência são deslocados aos hospitais de atendimento covid-19 da cidade, porém todos estão com superlotação.


Consórcio para a compra de vacinas

A Câmara Municipal de Ponta Grossa aprovou no dia 15 do mês passado, em segundo turno, a entrada da cidade no Consórcio Nacional de Municípios para a compra de imunizantes contra o coronavírus. O secretário da saúde, Rodrigo Manjabosco, esteve presente na sessão para explicar aos vereadores o funcionamento do consórcio e também prestar contas sobre a atual situação da saúde no município.

Em fevereiro, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou que estados e municípios comprem vacinas caso o Ministério da Saúde atrase o cronograma. A aquisição pode ser adquirida por recursos federais, emendas parlamentares, doações e recursos próprios da cidade. Ponta Grossa até o momento possui R$ 6 milhões disponíveis para essa compra.

Na terça-feira (23) da semana passada, a prefeita Elizabeth Schmidth (PSD) esteve em reunião com a cônsul da Federação Russa em Curitiba para formalizar o interesse na vacina Sputnik V. Segundo a revista The Lancet, o imunizante tem de 91,6% de eficácia. A análise incluiu dados de 19.886 voluntários que receberam as duas doses da vacina.

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